segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Suicídio, que mal é esse?

         Em função da campanha do Setembro Amarelo de prevenção ao suicídio, o assunto de hoje é muito importante. Por isso: Muita Atenção!
         Você sabia que no Brasil o suicídio é a segunda maior causa de morte entre pessoas de 14 a 29 anos? Pois é, SEGUNDA!  E que no Rio Grande do Sul o índice de suicídio é o maior do país? Quantas mortes poderiam ter sido evitadas. Quantas vidas abreviadas. Para cada suicídio existe uma estimativa que outras dez pessoas tem a vida afetada. Esse tema, por mais difícil que seja, tem que ser tratado com muita seriedade e atenção.
         Uma das causas de suicídio é a Depressão, pois essa doença altera a maneira que a pessoa vê o mundo. Tudo fica mais cinza, triste, sem graça e a pessoa se sente incapaz de lidar com situações do dia a dia. Existem dois grupos em que o risco para o suicídio é maior: jovens entre 14 e 29 anos e idosos.
         Os jovens acabam tendo muita dificuldade em lidar com as exigências e cobranças do mundo, e por isso acabam se deprimindo. Os idosos se deprimem ao perceber a finitude da vida, a solidão em que se encontram, às vezes acham que estão incomodando os familiares e que já não tem serventia para nada.
         Conseguir lidar sozinho com isso tudo é difícil, pedir ajuda pode ser mais ainda. Mas existem profissionais capacitados para dar esse tipo de assistência. Às vezes temos medo de pedir ajuda, temos preconceito em achar que seremos rotulados de loucos, nos envergonhamos, temos dificuldade em dizer para os familiares que precisamos de ajuda.
         O mais importante disso tudo é que a maioria das pessoas que pensam em suicídio, mesmo que não falem a respeito acabam tendo atitudes que se colocam em risco (provocar cortes em si mesmo, dirigir bêbado, usar drogas, frequentar locais perigosos) ou apresentam mudanças em seu comportamento (ficam mais reclusos, param de sair com os amigos, não têm mais prazer pela vida). Portanto, quando nos deparamos frente a uma situação dessas, o importante é não ignorarmos isso tudo.
         Se algum amigo seu, alguma vez resolveu tomar vários remédios ou fez alguma atitude que se colocasse em risco, não o rotule, pois precisa de ajuda! Avise a família dele ou converse com algum adulto que possa tomar alguma atitude. Lembre-se que basta uma tentativa de suicídio bem sucedida para que você perca esse amigo para sempre. Existem profissionais como médicos, psiquiatras e psicólogos preparados para dar auxilio.


Daniellen Machado – Psiquiatra, CEAPIA

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Tornando-se independente

Olá pessoal! O tema que vamos abordar hoje é sobre a oportunidade ou necessidade que alguns adolescentes têm de morar sozinhos. Esta vivência, algumas vezes, vem com uma mistura de sentimentos!! Ao mesmo tempo em que demonstra crescimento e possibilidade de se aventurar sozinho, adquirir autonomia e a tão sonhada independência traz também algumas inseguranças frente a um modo diferente de levar a vida.
Geralmente essa fase está vinculada a novas possibilidades de estudo com a finalização do ensino médio e chegada do vestibular. Alguns adolescentes mudam-se do interior para uma cidade maior, outros podem usufruir de um intercâmbio para o exterior. Então podem se deparar com as inseguranças do período de adaptação.. Como vai ser a nova cidade? Será que eu vou dar conta da nova rotina de estudos? Será que conseguirei fazer novos amigos ou me sentirei mais sozinho? Entre tantos outros questionamentos.
É um despertar diferente de tudo já vivenciado. Acordar sem a ajuda dos pais, organizar e limpar a casa, ir ao mercado, fazer a própria comida, entre outros.. Bate uma saudade de quando tudo se apresentava pronto e nem era percebido todo o movimento que acontecia ao seu entorno. E agora a responsabilidade de ir à aula, fazer as tarefas, estudar, sem ter alguém acompanhando como e quando as coisas estão sendo feitas. É uma liberdade gratificante que nesse momento depende da consciência de cada um, ou seja, agora cada um tomará suas próprias decisões.
Com o passar do tempo cada um, a seu modo, vai percebendo que aquela insegurança não era tão grande quanto parecia e vão conhecendo seu próprio jeito e aprimorando sua personalidade. Assim, os adolescentes podem perceber que este período vem como uma a possibilidade de se testar sozinho, onde quer que seja, e uma oportunidade de crescimento e amadurecimento. Não deixe de buscar uma ajuda profissional caso necessite de alguém para compartilhar a respeito dessa nova fase da vida!


Marília Bordin Schmidt – Psicóloga do CEAPIA