domingo, 25 de maio de 2014

Hoje é o Dia Nacional da Adoção

Olá! Hoje, dia 25 de Maio, comemoramos o Dia Nacional da Adoção, por isto vamos falar sobre este tema que, muitas vezes, é permeado de segredos e mitos.
Na verdade, a adoção não deveria ser nada mais do que um processo de filiação e parentalidade mútuas e desejadas, ou seja, a adoção é uma solução para aqueles pais que desejam ter filhos e não podem, se tornarem pais. É também uma saída possível para aquelas crianças e/ou adolescentes que precisam de uma família que não puderam ter.
É importante termos em mente que todo o ser humano precisa de carinho, cuidado e atenção, além de, é claro, outras necessidades sociais básicas. Então, quando alguns adultos, ou adolescentes até, engravidam e não têm condições de prover para um bebê estas mínimas condições (que não são poucas, pois os bebês exigem muita dedicação e cuidado) entregá-lo à adoção pode ser considerado um gesto de respeito e de amor para com este bebê. Em uma família adotiva, espera-se que este bebê possa ser amado e atendido em suas necessidades.
Quando uma família opta pela adoção, é importante que os pais possam falar sobre este tema da maneira mais livre possível. A adoção não deve ser um segredo, ou motivo de vergonha. Para tanto, é fundamental que quem deseja adotar possa pensar muito sobre esta decisão, pois é uma escolha para vida toda, é a escolha de constituir ou ampliar (em alguns casos) a família. É a decisão de se tornar pai e/ou mãe e de se responsabilizar pela vida de uma outra pessoa, agora um filho.
Se você se tornou filho dos seus pais, não porque foi gerado biologicamente por eles, mas porque eles escolheram você e então o adotaram, você pode estar na sua família desde bebê ou pode ter sido cuidado por outras pessoas antes de conhecer seus pais. Na primeira situação você foi adotado precocemente, na segunda, trata-se de uma adoção tardia. Tanto uma quanto a outra são modalidades de adoção e ambas têm suas peculiaridades. Entretanto, é bastante comum, em algum momento da vida, filhos adotivos terem curiosidades sobre sua família de origem e, muitas vezes, é na adolescência que esta inquietação pode aumentar!
Se é este seu caso, talvez você já tenha se perguntando com quem você se parece, da onde vem este cabelo encaracolado, ou seus olhos puxadinhos! Talvez você já tenha se questionado por que sua mãe biológica não pode ficar com você? Quem era ela, o que fazia... e seu pai biológico? Também, você pode ter dúvidas se é realmente amado, aceito e querido por sua família adotiva, já que não saiu da barriga de sua mãe! Talvez você até se reconheça muito parecido com um de seus pais no jeito de falar, andar e até se relacionar e se sinta muito o filho deles, mas isto não impede que você tenha receios... Enfim, muitas dúvidas podem e devem surgir! Talvez seus pais possam responder algumas delas, ou talvez não. Muito provavelmente eles não devem ter tantas informações a respeito do seu passado (anterior à sua chegada na família). Ou pode acontecer, em um primeiro momento, que seus pais se assustem com as suas perguntas. Tudo isto é perfeitamente compreensível.
O mais importante é você saber que ter curiosidade sobre suas origens não é nenhum problema e não está errado, tampouco diminui o amor que você sente por sua família adotiva. Curiosidade faz parte da vida e é saudável. Porém, pode ser que você não consiga suprir todas suas dúvidas.
Se, por acaso, seus anseios estiverem o incomodando muito, você pode pedir para seus pais buscarem uma ajuda profissional para você ou para toda família. Certamente poder conversar o mais livremente possível sobre suas dúvidas, vai lhe ajudar a viver melhor e pode melhorar “o clima” do seu contexto familiar, caso ele esteja “tenso”!
E se você tiver outras questões ou experiências em relação à adoção, que queira compartilhar conosco, escreva para divulgação@ceapia.com.br, direcionado ao Setor de Adoção. 

Letícia Orengo - Psicóloga do CEAPIA, integrante do Setor de Adoção.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Redes Sociais


Oi pessoal, tudo bem?


Nosso assunto de hoje são as redes sociais e os excessos que quase todos nós cometemos no número de horas que passamos envolvidos nisso.
Alguma vez você já se propôs a dar uma olhadinha rápida no face ou no 'insta' e quando se deu por conta gastou muito mais que o tempo previsto? Ou por vezes chega a se desligar tanto da realidade quando está interagindo nas redes que até perde a noção do tempo que já passou ali? Pois é, você não é o único! E tem mais, esse não tem sido somente um problema entre os adolescentes. Esse tem sido um problema comum entre os adultos também. Talvez não seja mais só sua mãe que esteja chateada com você por estar toda hora mexendo no celular. Ultimamente, você já deve ter se pego ficando brabo com ela por isso também!

E o pior é que entramos nas redes e as fotos, notícias são sempre mais ou menos as mesmas, não são? Às vezes é até meio chato! Mas mesmo assim, por alguma razão inexplicável, se ficamos muito tempo sem espiar o que o pessoal anda postando, começa a dar uma vontade de saber o que está acontecendo nas redes. Quase como se fossemos perder algo de muito importante se não nos conectarmos o quanto antes...

Bom, caso você seja um usuário que rende bem nos estudos, goste de estar com sua família, seus amigos e as redes sociais sejam apenas mais uma área da sua vida, tudo bem, não há motivos para preocupações maiores. Agora, se você percebe que seu rendimento escolar já está baixando, você se propõe a diminuir o uso e não consegue, seus familiares e amigos chamam atenção o tempo todo para a pouca interação que tem tido com eles, fique atento! Talvez seu uso já esteja influenciando negativamente sua vida. É importante propor-se a diminuir o uso e tentar entender por que isso vem acontecendo com você. Caso não consiga resolver essa questão sozinho, não deixe de procurar ajuda. Estamos aqui para isso!

Aline Restano
Psicóloga, Preceptora do CEAPIA

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Escolha Profissional

Olá pessoal! Nosso assunto de hoje é escolha profissional. Sem dúvida, escolher uma profissão é um dos momentos mais difíceis na vida do adolescente, pois suscita diversas incertezas. Enquanto alguns jovens já se mostram decididos quanto ao que pretendem cursar no futuro, outros se deparam com dúvidas e inseguranças, diante de uma ampla gama de opções que se oferece. Existem aqueles que sonham em seguir a carreira dos pais, ao passo que outros almejam adotar outro rumo, às vezes completamente oposto. Por fim, muitos se sentem pressionados pela família e escola a tomarem uma decisão que lhes soa ainda prematura, afinal projetar-se no futuro não é tarefa simples.
O autoconhecimento é muito importante no momento da decisão da futura profissão, pois nem sempre o adolescente tem claro aquilo que gosta e pretende para os anos seguintes. Sendo assim, dedique um tempo para pensar nos seus interesses acadêmicos, habilidades, dificuldades e valores, buscando diferenciar quais desejos e expectativas são seus daqueles que são dos outros. Procure enxergar-se em determinadas profissões, pensando em que tipo de situação você se sentiria bem ou, ao contrário, desconfortável.
Se possível, busque se informar a respeito de diferentes opções de profissão que existem, pesquisando sobre cursos disponíveis. Uma dica interessante é conversar com profissionais que trabalhem nas áreas que lhe despertaram interesse, esclarecendo dúvidas sobre o dia a dia da profissão, possibilidades de atuação, etc. Muitas vezes, nessas conversas torna-se mais claro se aquela rotina profissional tem ou não a ver com o que você está buscando. Outra boa oportunidade é visitar feiras de profissões que são organizadas pelas escolas e universidades, pois nelas você pode falar com alunos e professores sobre a rotina do curso naquela instituição de ensino e sobre o mercado de trabalho. O mesmo vale para aqueles que optarão por seguir carreiras técnicas ou um negócio próprio, além das graduações tradicionais.
Falar com seus pais e familiares sobre a escolha profissional também pode ser bastante positivo, pois eles também já passaram por essa difícil decisão e, então, podem ter dicas valiosas sobre os pontos positivos e negativos de suas escolhas. Afinal, nenhuma carreira irá ao encontro de todos os nossos sonhos. Quando se entende que apesar de ter grande interesse em determinado curso, não necessariamente se gosta de tudo que nele será estudado, a idealização diminui e a probabilidade de se desestimular é menor.
Lembre-se que não existe um caminho certo para escolher e trilhar uma profissão: é possível que você goste e continue na primeira faculdade que escolher ou que troque de curso após uma experiência em outra área. Talvez você precise de mais tempo para pensar e se preparar até ajustar seu caminho. Se você ainda sente-se muito inseguro quanto à sua escolha e tem condições de aguardar mais um ano, quem sabe necessite de mais tempo para conhecer-se e amadurecer ideias.
Por fim, se você está muito confuso em relação à escolha profissional, talvez seja o momento de conversar com um profissional, como um psicólogo ou psiquiatra, que possa lhe auxiliar nesse momento de maior ansiedade. Sentir-se acompanhado e acolhido neste momento será de grande ajuda!



Paula Kern Milagre – Psicóloga do CEAPIA