segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Jogos Vorazes

Atualmente nos cinemas “Jogos Vorazes - A Esperança” (primeira parte do terceiro livro de Suzanne Collins) é um fenômeno mundial que fascinou adolescentes e adultos ao retratar a história de uma garota nascida em um mundo pós-apocalítico que escolheu salvar a irmã da morte certa ao se voluntariar como tributo nos Jogos Vorazes realizados pela Capital de Panem.
Panem é um país que surgiu das cinzas dos Estados Unidos e é constituído por 13 distritos que são governados pela Capital. Cada distrito é responsável por fornecer algum bem para a Capital, começando por artigos de luxo e alvenaria (Distritos 1 e 2) até minérios e armas nucleares (Distritos 12 e 13). Por muito tempo o povo de Panem viveu em harmonia, contudo alguns distritos resolveram se rebelar contra a Capital devido à má condição de vida que cada um tinha, visto que quanto mais longe ficava o distrito da parte governante, mais pobres eles eram. Ao final desta guerra, conhecida como Dias Escuros, o distrito 13 foi exterminado e assim nasceram os Jogos Vorazes, uma lembrança da revolta e do poder da Capital. Nestes Jogos, um garoto e uma garota, entre doze e dezoito anos, de cada distrito são selecionados (Dia da Colheita) para participar de uma batalha televisionada onde cada um deve lutar até a morte, pois somente um sobreviverá para ser o ganhador. E é no Dia da Colheita da 74ª edição dos Jogos Vorazes que a história de Katniss Everdeen realmente começa, pois Katniss se voluntaria e toma o lugar da sua irmã caçula Prim quando a mesma é sorteada como tributo feminino do Distrito 12.
Ao longo da trama, Katniss se vê dividida entre ter que abrir mão de quem ela é ou sobreviver aos Jogos tendo que assassinar outros 23 jovens numa arena criada para o entretenimento dos moradores da Capital. Perdida em um mundo completamento novo que é a Capital, Katniss começa a questionar não só os Jogos como a forma de vida imposta aos cidadãos após os Dias Escuros e tenta de todas as formas vencer sem precisar seguir as regras propostas pelos programadores dos Jogos. E é por ser espontânea, não seguir as regras e apresentar uma nova forma de ser relacionar com os demais tributos que Katniss deixa de ser a menina que sustentava a família com caça ilegal e se torna um símbolo para a mudança que há tantos anos Panem esperava.
Jogos Vorazes nos faz pensar sobre a cultura de pão e circo dos reality shows, sobre as conseqüências das guerras, da fome e da má distribuição de rendas, mas principalmente sobre uma jovem adolescente que precisa sobreviver não só às questões da fase em que se encontra, como a crueldade do mundo externo. Entre sobreviver aos jogos, fazer amigos e inimigos e se apaixonar, Katniss vai descobrindo o valor da vida e que por algumas causas vale a pena lutar. Logo, seja pela curiosidade de saber o destino de Katniss Everdeen e dos cidadãos de Panem, ou seja pela identificação com essa personagem feminina moderna que literalmente batalha pelo que deseja, ou ainda pela história tocante de personagens tão humanos, é que os livros de Suzanne Collins são uma ótima dica de leitura para as férias de verão, assim como os filmes, que além de serem uma ótima adaptação, contam com a presença de atores de peso, como a ganhadora do Oscar Jennifer Lawrence no papel de Katniss Everddeen ou o galã Josh Hutcherson como Peeta Mellark.

Fernanda Matte - Psicóloga do CEAPIA


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

O uso pedagógico do grupo on-line: gravidez na adolescência


Considerando que atualmente os jovens adolescentes estão bem informados de como evitar filhos, a grande maioria dos adolescentes tem consciência dos métodos anticoncepcionais, mas os índices de gravidez sem planejar continuam chamando atenção.
Uma reportagem no “Bom Dia Brasil” na Globo, no dia 03/10/2014, noticiou que segundo o Ministério da Saúde, no ano passado nasceram mais de meio milhão de bebês filhos de meninas entre 10 e 19 anos. A matéria dava ênfase aos métodos contraceptivos de ação prolongada para adolescentes. No entanto, para evitar a gravidez precoce, importante também ações paralelas educacionais.
A partir dos 10, 11 anos, é o início de uma fase onde conflitos de identidade, somado à confusão de papéis e identidade sexual, questionamentos vocacionais, momento de transição (não sou criança, mas também não sou adulto), intensificam a luta para desenvolver uma identidade reconhecida socialmente. A sexualidade genital tem início com as mudanças corporais na puberdade que desencadeia as transformações psicológicas.
As redes eletrônicas estão estabelecendo novas formas de comunicação e de interação onde a troca de ideias grupais, essencialmente interativa, não leva em consideração as distâncias físicas e temporais. Quem sabe, o instrumento grupo on-line, como mídia interativa na internet, possa ser mais utilizado na educação e sexualidade de adolescentes. Sua principal característica é a de ser realizado em ambiente virtual, dispensando a presença física dos participantes para que haja interação e consequente comunicação entre eles.
Essa diferenciação é apontada como uma das principais vantagens dos grupos on-line. É fundamental para os estudos relacionados à comunicação mediada o entendimento do conceito “interação”, uma vez que a interatividade é característica presente nas relações sociais que podem se desenvolver nos ambientes virtuais, como as comunidades virtuais e grupos on-line.
O educador pode perceber nessa distinção que ter a experiência de intervenção na mensagem difere da recepção passiva de informações. E, ao se dar conta disso, ele pode redimensionar sua sala de aula, modificar sua base comunicacional, inspirando-se no digital. Ele modifica o modelo centrado no seu falar-ditar e passa a disponibilizar ao aluno autoria, participação, manipulação, coautoria e informações as mais variadas possíveis, facilitando permutas, associações, formulações e modificações na mensagem numa constante interação.
Neste sentido, poder oferecer múltiplas informações (em imagens, sons, textos etc.) utilizadas de modo interativo, potencializam consideravelmente ações que resultam em conhecimento, meta primordial na educação e sexualidade de adolescentes, na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez não programada na adolescência.

Emilio Brkanitch Filho - Psicólogo e Psicoterapeuta



terça-feira, 30 de setembro de 2014

Vem pra Urna!

    O direito ao voto com 16 anos foi uma conquista dos estudantes, incorporada à Constituição de 1988. Na época, os jovens gostariam de manifestar mais suas opiniões políticas e desejavam que essas fossem levadas em conta, por isso se mobilizaram para ter direito ao voto. 
    No entanto, desde então vem diminuindo muito o uso deste direito pelos adolescentes. Vocês imaginam por quê? Será que neste ano será diferente? 
    No último ano os adolescentes vêm buscando formas de se expressar, mostrando suas insatisfações com o país, diante de depoimentos nas redes sociais, manifestações de vários tipos e movimentos sociais. Agora nas urnas é uma maneira bastante eficaz de mostrar sua opinião e exercer seu direito. Por isso nesse momento, jargões como "política não se discute" acabam sendo apenas uma forma de não debater sobre assuntos que podem gerar divergências de opinião. No entanto, quanto mais falarmos, nos informamos e discutirmos sobre os candidatos, mais preparados estaremos para votar. 
    Vão em busca de candidatos que tenham projetos de leis e causas que sejam compatíveis com seus interesses e crenças e no domingo exerçam seu direito! Pode parecer pouco, mas essa é uma maneira de mostrar que adolescente também tem opiniões e interesses importantes e pode se manifestar nas urnas. 
    Bom voto a todos! E que vença quem for melhor para o nosso país! 

Fernanda Amorim - Psicóloga do CEAPIA

domingo, 27 de julho de 2014

Chegaram as Férias!

        Oi pessoal! O assunto que vamos falar hoje em geral agrada a todos, as FÉRIAS! 
      É chegado o momento em que o corpo e a mente pedem pausa para um descanso, não é mesmo? Depois de um semestre cansativo, com trabalhos, provas e muito estudo, desejamos aliviar o estresse que ficou acumulado fazendo as coisas que mais gostamos. Alguns querem dormir sem ter hora para acordar, outros preferem programas diferentes e curtições com os amigos. Retomar aquele hobby predileto também é uma boa pedida, como praticar esportes, ir ao cinema, viajar, enfim não se preocupar com horários e sentir-se mais liberado de tudo.
      É merecedor que vocês possam fazer isso, principalmente pela capacidade que tiveram de postergar o desejo de estar em férias enquanto estavam nas salas de aula, cumprindo as tarefas, acordando cedo, adquirindo conhecimento e desenvolvendo novas aprendizagens.
       Exercitar essa capacidade é algo importante, pois possibilita que vocês aos poucos vão amadurecendo e conseguindo dar conta dos aspectos difíceis que envolvem os compromissos e ao mesmo tempo, ir vendo que a vida é feita de momentos de dedicação e também de “relax”.
       Por outro lado, as férias de inverno podem gerar ansiedades para alguns, pois marcam a metade do ano. Essa sensação pode ser despertada a partir de pensamentos como, por exemplo, “terei que me dedicar mais semestre que vem”, “será que eu vou seguir na mesma escola”, “o vestibular se aproxima”. Se essas ou outras preocupações estão lhe causando angústia, procure conversar com alguém para sentir-se mais aliviado, pode ser com os seus pais, amigos, na escola e até mesmo com um profissional.
      Pensando nisso, aproveitem as férias de forma saudável e recarreguem as energias, para depois sentirem o reencontro com os colegas e os compromissos como algo bom!!


Marília Bordin Schmidt – Psicóloga do CEAPIA

domingo, 20 de julho de 2014

Hoje é Dia do Amigo!

O Dia do Amigo celebra algo muito especial. Talvez algumas pessoas pensem que esta é mais uma comemoração clichê, já que atualmente existe "dia" para tudo, não é? Mas este dia representa um tipo de relação de muito valor.
Amizades se constroem durante todas as fases da vida. Claro, precisamos fazer parte de um contexto para nos identificarmos como indivíduo. Mas é na adolescência que elas vêm de forma intensa e significativa, ficando em primeiro plano. É no grupo de amigos que nos apoiamos, criando espaços onde podemos compartilhar experiências novas, desafios, desejos, sensações e emoções desta fase tão turbulenta. E justamente pelos conflitos inerentes a esta etapa, os jovens procuram se juntar por meio de identificações que surgem pelo modo de se vestir, de se comportar, de criticar, de formar opiniões, de se divertir. Criam-se, assim, grandes amizades que os marcam para o resto da vida. As amizades da adolescência são, portanto, aquelas que definem nosso jeito de ser.
De onde vêm as famosas perturbações da adolescência? Comumente, os jovens tendem a ficar mais distantes dos pais para poderem criar autonomia e confiança. E isto decorre de uma experiência de pertencer a um grupo. Quando isto não acontece, é importante que o jovem possa pedir ajuda, pois provavelmente estará enfrentando esta fase de forma isolada. Pode se sentir solitário, triste, desmotivado, inseguro, buscando alívio em recursos não saudáveis. Aí que vem novamente o sentido da amizade, como um elemento estruturante para a formação da personalidade.
Amigos-adultos-da-adolescência quando se encontram eventualmente pela vida costumam se abraçar e sentir exatamente a mesma amizade criada lá na juventude, como se tivessem parado no tempo, rindo das mesmas piadas, relembrando as situações mais divertidas e marcantes.

Portanto, comemorar o Dia do Amigo é muito mais do que simplesmente dar um beijo e um abraço naquele amigo do colégio, no parceiro da academia ou no colega do inglês. É saudar todos os momentos em que podemos contar com o outro. É se sentir aceito pelo outro. É ter o sentido exato do que é “pelo resto da vida”.


Renata Pechansky Axelrud - Psicóloga do CEAPIA

segunda-feira, 23 de junho de 2014

O Significado do Futebol para os Adolescentes

      Simmmm... estamos todos envolvidos com a Copa do Mundo, não se fala em outra coisa! Mas... e para os adolescentes, o que isso significa de fato? Bom, podemos pensar sobre muitos assuntos que relacionam esta modalidade incrível de esporte que é o futebol com o processo adolescer. Com todas as mudanças que o corpo impõe nesta fase e a adaptação sentimental que o acompanha, praticar o futebol (sendo jogador ou torcedor) é, senão, uma forma de “driblar” muitas das nossas emoções que talvez, sozinhos, não seria uma fácil tarefa. Futebol é energia, espírito de grupo, ao mesmo tempo que é levar uma cartão vermelho, sentar no banco e refletir sobre “Que jogada foi essa? O que poderia ter sido feito para melhorar o desempenho do grupo?” Claro que sem contar as identificações com as torcidas, identificações que vêm desde a infância com nossa família e as escolhas que tudo isso implica... “Pra qual time tu torce mesmo?”
      Futebol na adolescência significa A UNIÃO FAZ A FORÇA! TRABALHO EM EQUIPE! Também significa que para torcer para um time estamos, obviamente, abrindo mão de outro time, assim como para crescermos também temos que abrir mão de muitas coisas da nossa infância. É entender que os “pais-técnicos” também erram. É perder algumas partidas e ganhar outras, é lidar com as frustrações e as desilusões que as perdas nos impõem. É testar o desempenho corporal quando se está jogando e ser muito barulhento quando se está na torcida!
     Pensando assim, o Futebol aproxima todas as faixas etárias, dá infância a adultez, sendo que o adolescente faz este “meio de campo”. Também podemos refletir um pouco sobre como lidar com as normas e as regras deste jogo como no processo adolescente. Os pais “técnicos” que ainda comandam e orientam o jogo e a partida, contudo o adolescente tem mais ousadia para se lançar às grandes jogadas da vida.
     O futebol é para o adolescente a chance de sofrer e vibrar, de tolerar o desconhecido, de lidar com as incertezas, pois não se sabe o resultado final antes que o jogo acabe!


Gabriela Tomazelli - Psicóloga do CEAPIA

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Dia dos Namorados!


      Dia dos namorados chegando e com essa data aparecem muitas propagandas mostrando casais felizes e unidos. Muitas lojas fazem liquidações e enfeitam suas vitrines com corações e frases românticas. E você, como se sente nesses dias que antecedem o dia 12 de junho?
     Os casais que estão apaixonados passam pensando em como farão para tornarem esse dia especial. Compram presentes, planejam ficarem juntos, escrevem cartões. Os grupos se formam para discutirem quais as melhores ideias.
      E se você não tem namorado(a) como se sente? Há quem fique triste por sentir-se sozinho neste momento. Se sente excluído porque não está comemorando ao lado de alguém. Tem também aqueles que sentiram-se forçados pela pressão do grupo e da mídia, e iniciaram um relacionamento só para dizer: estou namorando.
      No entanto, esse dia pode ser comemorado do jeito que quisermos, independente do status que está aparecendo no facebook. Com quem você passará esse dia então? Aproveite o dia dos namorados para pensar nas suas relações. E se não estiver ficando com alguém? Comemore com quem você gosta. E isso pode significar comemorar somente com você mesmo, também. Não coloque o bem material acima dos sentimentos. Até porque não é sempre que a mesada sobrou no mês, não é? Escreva um cartão, faça algo com suas próprias mãos. O carinho estará todo ali!
     Faça um bom uso desse dia, celebre as relações! Comemore festejando as pessoas que já conheceu. Um bom amigo, um belo companheiro, uma grande mãe, um super pai. Todos aqueles que de alguma forma já representaram bons momentos de interação. Troque carinhos, bilhetinhos, com uma amiga, uma colega, uma vizinha. E se você tem um namorado, comemore com ele também. Namorar pode ser uma bela chance de compartilhar boas etapas com alguém importante!
         
FELIZ DIA DOS NAMORADOS, ou melhor, FELIZ DIA DAS BOAS RELAÇÕES!
                                                   

Fernanda Porto - Psicóloga do CEAPIA

sábado, 7 de junho de 2014

A Copa do mundo é nossa?

      Estamos a menos alguns dias da Copa do Mundo no Brasil. Já percebemos nitidamente pelas ruas o clima de celebração tomando conta de nossa cidade - que é por onde circulamos - e podemos imaginar que o mesmo clima começa, definitivamente, a tomar conta de todo o país e de boa parte do mundo. As cores começam adornar bares, restaurantes e casas. Entretanto para os mais atentos, e talvez até mesmo para aqueles nem tão atentos, é possível perceber algo diferente nesta Copa em relação a todas as últimas.
      O fato de a Copa realizar-se no Brasil parece despertar em boa parte dos brasileiros preocupações diversas, que não se restringe apenas a quem serão os escolhidos para representar "a pátria de chuteiras", e que também vai além das possíveis dúvidas sobre o desempenho de nossa equipe no torneio. Percebemos no discurso talvez da maioria dos brasileiros uma preocupação nova, de como receberemos a Copa do Mundo e seus visitantes/torcedores/espectadores/participantes. A mesma preocupação que temos quando recebemos em nossa casa uma turma de amigos, uma namorada nova, ou aqueles familiares que nãencontrávamos há muito tempo.
    Gostarão eles daquilo que temos a oferecer? Apreciarão nossa comida, nossa bebida, nossas músicas, nossa hospitalidade? Não sei ao certo se esta é uma preocupação de todos os povos, mas parece claramente haver se tornado uma preocupação do povo brasileiro, hospitaleiro como é de costume, de norte a sul. Boa parte das obras que esperávamos ficassem prontas para o Mundial, permanecem pela metade do caminho, e não devem atrapalhar, afinal esta é uma festa com dia para começar e também com dia e hora para terminar. Estas obras não são para a Copa ou para os nossos visitantes, são para nós que continuaremos por aqui.
    Desta forma penso que a hora da festa está chegando, os convidados logo começarão a aparecer, no começo chegando aos poucos e aumentando a medida que a festa se desenrola. Como anfitriões devemos permanecer atentos a tudo que necessitar de nossa interferência para que possa transcorrer da melhor forma, sem que deixemos de aproveitar e comemorar devidamente nossos sucessos e lamentar tristemente possíveis tropeços que possam ocorrer. Na década de 80 a banda 'Ultraje a Rigor' gravou uma baladinha chamada 'A Festa' que cantava o seguinte:Eu esperei o mês inteiro/ O dia da festa chegar/ Ensaiava no banheiro/ Muxôxos só pra te agradar/ Em frente ao espelho eu decorei / Mil trejeitos pra te excitar/ Fiz roupinhas, me embonequei/ Só pra te conquistar/ Eu sabia tudo tudo que eu tinha a dizer/ Que língua falar, aonde alisar, como me comportar/ Eu preparei tudo tudo que eu tinha a fazer/ Eu só podia abafar/ Ela gostou do meu jeito de falar/ Dando um gemidinho/ Se amarrou no meu olhar/ E no meu beicinho/ Eu fiz tudo direitinho/ Deu tudo certo/ Mas quem que eu vou ser, e o que eu vou fazer/ Quando a festa acabar.”

Boa festa e boa Copa a todos, anfitriões e visitantes! Sem esquecer que a festa acaba e a vida segue.

Felipe Detoni - Psicólogo do CEAPIA

domingo, 25 de maio de 2014

Hoje é o Dia Nacional da Adoção

Olá! Hoje, dia 25 de Maio, comemoramos o Dia Nacional da Adoção, por isto vamos falar sobre este tema que, muitas vezes, é permeado de segredos e mitos.
Na verdade, a adoção não deveria ser nada mais do que um processo de filiação e parentalidade mútuas e desejadas, ou seja, a adoção é uma solução para aqueles pais que desejam ter filhos e não podem, se tornarem pais. É também uma saída possível para aquelas crianças e/ou adolescentes que precisam de uma família que não puderam ter.
É importante termos em mente que todo o ser humano precisa de carinho, cuidado e atenção, além de, é claro, outras necessidades sociais básicas. Então, quando alguns adultos, ou adolescentes até, engravidam e não têm condições de prover para um bebê estas mínimas condições (que não são poucas, pois os bebês exigem muita dedicação e cuidado) entregá-lo à adoção pode ser considerado um gesto de respeito e de amor para com este bebê. Em uma família adotiva, espera-se que este bebê possa ser amado e atendido em suas necessidades.
Quando uma família opta pela adoção, é importante que os pais possam falar sobre este tema da maneira mais livre possível. A adoção não deve ser um segredo, ou motivo de vergonha. Para tanto, é fundamental que quem deseja adotar possa pensar muito sobre esta decisão, pois é uma escolha para vida toda, é a escolha de constituir ou ampliar (em alguns casos) a família. É a decisão de se tornar pai e/ou mãe e de se responsabilizar pela vida de uma outra pessoa, agora um filho.
Se você se tornou filho dos seus pais, não porque foi gerado biologicamente por eles, mas porque eles escolheram você e então o adotaram, você pode estar na sua família desde bebê ou pode ter sido cuidado por outras pessoas antes de conhecer seus pais. Na primeira situação você foi adotado precocemente, na segunda, trata-se de uma adoção tardia. Tanto uma quanto a outra são modalidades de adoção e ambas têm suas peculiaridades. Entretanto, é bastante comum, em algum momento da vida, filhos adotivos terem curiosidades sobre sua família de origem e, muitas vezes, é na adolescência que esta inquietação pode aumentar!
Se é este seu caso, talvez você já tenha se perguntando com quem você se parece, da onde vem este cabelo encaracolado, ou seus olhos puxadinhos! Talvez você já tenha se questionado por que sua mãe biológica não pode ficar com você? Quem era ela, o que fazia... e seu pai biológico? Também, você pode ter dúvidas se é realmente amado, aceito e querido por sua família adotiva, já que não saiu da barriga de sua mãe! Talvez você até se reconheça muito parecido com um de seus pais no jeito de falar, andar e até se relacionar e se sinta muito o filho deles, mas isto não impede que você tenha receios... Enfim, muitas dúvidas podem e devem surgir! Talvez seus pais possam responder algumas delas, ou talvez não. Muito provavelmente eles não devem ter tantas informações a respeito do seu passado (anterior à sua chegada na família). Ou pode acontecer, em um primeiro momento, que seus pais se assustem com as suas perguntas. Tudo isto é perfeitamente compreensível.
O mais importante é você saber que ter curiosidade sobre suas origens não é nenhum problema e não está errado, tampouco diminui o amor que você sente por sua família adotiva. Curiosidade faz parte da vida e é saudável. Porém, pode ser que você não consiga suprir todas suas dúvidas.
Se, por acaso, seus anseios estiverem o incomodando muito, você pode pedir para seus pais buscarem uma ajuda profissional para você ou para toda família. Certamente poder conversar o mais livremente possível sobre suas dúvidas, vai lhe ajudar a viver melhor e pode melhorar “o clima” do seu contexto familiar, caso ele esteja “tenso”!
E se você tiver outras questões ou experiências em relação à adoção, que queira compartilhar conosco, escreva para divulgação@ceapia.com.br, direcionado ao Setor de Adoção. 

Letícia Orengo - Psicóloga do CEAPIA, integrante do Setor de Adoção.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Redes Sociais


Oi pessoal, tudo bem?


Nosso assunto de hoje são as redes sociais e os excessos que quase todos nós cometemos no número de horas que passamos envolvidos nisso.
Alguma vez você já se propôs a dar uma olhadinha rápida no face ou no 'insta' e quando se deu por conta gastou muito mais que o tempo previsto? Ou por vezes chega a se desligar tanto da realidade quando está interagindo nas redes que até perde a noção do tempo que já passou ali? Pois é, você não é o único! E tem mais, esse não tem sido somente um problema entre os adolescentes. Esse tem sido um problema comum entre os adultos também. Talvez não seja mais só sua mãe que esteja chateada com você por estar toda hora mexendo no celular. Ultimamente, você já deve ter se pego ficando brabo com ela por isso também!

E o pior é que entramos nas redes e as fotos, notícias são sempre mais ou menos as mesmas, não são? Às vezes é até meio chato! Mas mesmo assim, por alguma razão inexplicável, se ficamos muito tempo sem espiar o que o pessoal anda postando, começa a dar uma vontade de saber o que está acontecendo nas redes. Quase como se fossemos perder algo de muito importante se não nos conectarmos o quanto antes...

Bom, caso você seja um usuário que rende bem nos estudos, goste de estar com sua família, seus amigos e as redes sociais sejam apenas mais uma área da sua vida, tudo bem, não há motivos para preocupações maiores. Agora, se você percebe que seu rendimento escolar já está baixando, você se propõe a diminuir o uso e não consegue, seus familiares e amigos chamam atenção o tempo todo para a pouca interação que tem tido com eles, fique atento! Talvez seu uso já esteja influenciando negativamente sua vida. É importante propor-se a diminuir o uso e tentar entender por que isso vem acontecendo com você. Caso não consiga resolver essa questão sozinho, não deixe de procurar ajuda. Estamos aqui para isso!

Aline Restano
Psicóloga, Preceptora do CEAPIA

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Escolha Profissional

Olá pessoal! Nosso assunto de hoje é escolha profissional. Sem dúvida, escolher uma profissão é um dos momentos mais difíceis na vida do adolescente, pois suscita diversas incertezas. Enquanto alguns jovens já se mostram decididos quanto ao que pretendem cursar no futuro, outros se deparam com dúvidas e inseguranças, diante de uma ampla gama de opções que se oferece. Existem aqueles que sonham em seguir a carreira dos pais, ao passo que outros almejam adotar outro rumo, às vezes completamente oposto. Por fim, muitos se sentem pressionados pela família e escola a tomarem uma decisão que lhes soa ainda prematura, afinal projetar-se no futuro não é tarefa simples.
O autoconhecimento é muito importante no momento da decisão da futura profissão, pois nem sempre o adolescente tem claro aquilo que gosta e pretende para os anos seguintes. Sendo assim, dedique um tempo para pensar nos seus interesses acadêmicos, habilidades, dificuldades e valores, buscando diferenciar quais desejos e expectativas são seus daqueles que são dos outros. Procure enxergar-se em determinadas profissões, pensando em que tipo de situação você se sentiria bem ou, ao contrário, desconfortável.
Se possível, busque se informar a respeito de diferentes opções de profissão que existem, pesquisando sobre cursos disponíveis. Uma dica interessante é conversar com profissionais que trabalhem nas áreas que lhe despertaram interesse, esclarecendo dúvidas sobre o dia a dia da profissão, possibilidades de atuação, etc. Muitas vezes, nessas conversas torna-se mais claro se aquela rotina profissional tem ou não a ver com o que você está buscando. Outra boa oportunidade é visitar feiras de profissões que são organizadas pelas escolas e universidades, pois nelas você pode falar com alunos e professores sobre a rotina do curso naquela instituição de ensino e sobre o mercado de trabalho. O mesmo vale para aqueles que optarão por seguir carreiras técnicas ou um negócio próprio, além das graduações tradicionais.
Falar com seus pais e familiares sobre a escolha profissional também pode ser bastante positivo, pois eles também já passaram por essa difícil decisão e, então, podem ter dicas valiosas sobre os pontos positivos e negativos de suas escolhas. Afinal, nenhuma carreira irá ao encontro de todos os nossos sonhos. Quando se entende que apesar de ter grande interesse em determinado curso, não necessariamente se gosta de tudo que nele será estudado, a idealização diminui e a probabilidade de se desestimular é menor.
Lembre-se que não existe um caminho certo para escolher e trilhar uma profissão: é possível que você goste e continue na primeira faculdade que escolher ou que troque de curso após uma experiência em outra área. Talvez você precise de mais tempo para pensar e se preparar até ajustar seu caminho. Se você ainda sente-se muito inseguro quanto à sua escolha e tem condições de aguardar mais um ano, quem sabe necessite de mais tempo para conhecer-se e amadurecer ideias.
Por fim, se você está muito confuso em relação à escolha profissional, talvez seja o momento de conversar com um profissional, como um psicólogo ou psiquiatra, que possa lhe auxiliar nesse momento de maior ansiedade. Sentir-se acompanhado e acolhido neste momento será de grande ajuda!



Paula Kern Milagre – Psicóloga do CEAPIA

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Vestibular e Música: o que isso tem a ver?

Estudar para o vestibular pode soar agradável aos ouvidos. 
A UFRGS incluiu na lista de leituras obrigatórias para o vestibular 2015 o disco Tropicália ou Panis et Circencis, de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes, Nara Leão, Gal Costa, Tom Zé e Rogério Duprat. O disco foi lançado no ano de 1968 e com ele eclodiu o tropicalismo.
O tropicalismo surgiu como um movimento no cenário musical e cultural no Brasil de 1967/68. Para contextualizar este movimento é importante lembrar que ele ocorreu em meio à ditadura, que se instalou em 1964 e perdurou até 1989. A década de 1960, em particular o ano de 1968, foi marcada por intensos protestos no Brasil e no mundo. 
No Brasil os protestos aconteciam frente ao regime ditatorial repressivo e seus abusos, o descontentamento com o governo militar e com a educação. Na França, por exemplo, acontecia o famoso Maio de 68, onde uma revolução estudantil ocupou as ruas e fábricas, com greves generalizadas por parte de estudantes e trabalhadores, clamando por maior liberdade (sexual inclusive), maiores salários e melhores condições de trabalho, contra a rigidez do sistema educacional, maior igualdade entre gêneros, etc. Foram movimentos que se espalharam por vários países, e apesar de sufocados por seus governos, tiveram frutos: um deles foi a Tropicália.






“Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país”
(Caetano Veloso, Tropicália)






Ficou curioso? Dá uma olhada nesse site, tem várias informações sobre o disco e o movimento: http://tropicalia.com.br/

Também dá pra ouvir o álbum na íntegra e já ir entrando no ritmo do vestibular: https://www.youtube.com/watch?v=KIiwbHqtb7w

Ou seja, vestibular e música: tudo a ver!


Luciane Rombaldi David - Psicóloga do CEAPIA

terça-feira, 1 de abril de 2014

Dica: A Culpa é das Estrelas

Pessoal, nossa dica de hoje vai fazer vocês rirem e chorarem com essa maravilhosa história que em breve se tornará um filme.

“A Culpa é das Estrelas”, o aclamado livro de John Green, conta a história de Hazel Grace, uma garota de 16 anos que tem a vida totalmente modificada após descobrir um câncer em seus pulmões. Obrigada a largar a escola e a frequentar um grupo de apoio para jovens com câncer, Hazel nunca imaginou que sua vida poderia sofrer outra grande mudança, quando conhece Augustus Waters, um garoto de 17 anos com um sorriso marcante, que lhe ensina que o amor pode surgir quando menos se espera.
O livro é surpreendente e trata com muita sinceridade e doçura a história desses dois personagens marcados por uma doença tão terrível. Prova que uma bela história de amor não precisa de castelos e mundos encantados, mas somente de uma chance para se preencher os pequenos infinitos das páginas em brancos da vida. Para aqueles que ainda não leram, corram, é um livro imperdível!















Fernanda M. Matte - Psicóloga do CEAPIA




terça-feira, 18 de março de 2014

Estamos de Volta!

Queridos leitores.
Hoje retomamos as atividade no blog do CEAPIA.
Neste ano nossa proposta segue sendo discutir assuntos que possam interessar aos adolescentes. Nossa equipe pretende lançar ideias de temas comuns desta faixa etária para que possamos discutir.
Esperamos alcançar cada vez mais adolescentes com informações acerca deste momento bastante peculiar que estão vivendo. Para tanto, contamos com a participação de vocês em nossos posts e via e-mail para assim criarmos uma comunicação entre o CEAPIA e a comunidade adolescente.
Buscamos, desta forma, abrir um canal de comunicação com o adolescente e nossa equipe, por isso não deixem de enviar suas dúvidas pessoais para o e-mail divulgacao@ceapia.com.br. Será um prazer ajudá-los.
E caso vocês queiram conhecer melhor nossa instituição visite nosso site www.ceapia.com.br e curta nossa página no facebook www.facebook.com/curtaceapia?fref=ts

Um ótimo ano a todos!
Fernanda Amorim - Psicóloga do CEAPIA