terça-feira, 21 de abril de 2015

Uso de drogas na adolescência

O nosso assunto de hoje é um tanto quanto polêmico: uso de drogas na adolescência. Quando falo drogas me refiro a qualquer substancia que aja no cérebro e gere alguma alteração no comportamento, seja ela lícita ou ilícita. Normalmente, é na adolescência que as pessoas costumam ter o seu primeiro contato com alguma dessas substâncias. E não é por acaso que isso acontece. Afinal, nesse momento da vida estamos ávidos por experimentar coisas novas: novas sensações, novos sentimentos, novas situações... E nessa ânsia por vivenciar coisas diferentes, das até então conhecidas, o uso de drogas acaba sendo bastante comum. Além de que acaba sendo uma forma de se sentir mais livre das regras impostas pelos pais, que incomodam tanto nessa fase da vida, e se enturmar no grupo de amigos, algo tão desejado e importante nessa fase. Por ser esta uma etapa da vida cheia de novidades ela trás consigo muitas angustias, como: escolher uma profissão, ter um namorado(a) ou mesmo descobrir quem a gente é de verdade. Nesse contexto, algumas drogas podem ter uma função de esquecer um pouco desse turbilhão emocional que é tão difícil de dar conta sozinho.
O jovem por característica age mais de acordo com o momento, ou seja, através de seus impulsos e emoções do que considerando o futuro, ou pensando de forma mais racional. Fato que faz com que seja difícil calcular as consequências dos seus atos, tal como o ato de utilizar qualquer droga.  Este uso seja ele experimental ou crônico pode trazer consequências que vão além destas esperadas pelo adolescente quando ele a utiliza. Isso porque as drogas interferem e alteram o funcionamento cerebral, fazem com que você tome atitudes que sem elas não tomaria. Alterações estas que podem se manifestar no momento do uso ou, em alguns casos, permanecer até a vida adulta. Sem falar do potencial químico que estas substâncias têm para deixar a pessoa dependente do seu uso, ou seja, precisando sempre usar elas para realizar as suas atividades diárias.
Sendo assim, é importante ficar atento nas escolhas que são feitas neste momento da vida!

Juliana Yurgel Valente – Psicóloga do CEAPIA


segunda-feira, 6 de abril de 2015

Relacionamentos Abusivos: Precisamos pensar e falar sobre isso

Queridos leitores, hoje nosso assunto é sobre um tema bastante delicado e que exige muita atenção. Vamos falar sobre relacionamentos abusivos. Vocês já se perguntaram o que é um relacionamento abusivo? Ou se vocês estão "presos" a um? Podem até não imaginar, mas isso acontece ou já aconteceu com a maioria das pessoas, inclusive pode ter acontecido com vocês ou alguém muito próximo de vocês sem que tenham percebido. Diferentemente do que muitos pensam, relacionamento abusivo não é apenas agredir o outro fisicamente. Muitas vezes acontece quando vocês começam a se distanciar dos seus amigos ao se envolver num namoro, quando seu(sua) namorado(a) é controlador(a) e extremamente ciumento(a) ou até mesmo quando você se sente pra baixo e cria desculpas para explicar o comportamento de seu(sua) namorado(a). Esses são alguns sinais de que o relacionamento não está fazendo bem para vocês emocionalmente. Lembrem-se, isso pode acontecer tanto com meninas quanto meninos!
    É comum que muitas pessoas achem que a culpa de seus(suas) namorados(as) terem agido de tal forma é sua e, por isso, continuam envolvidas com a pessoa. Namorados(as) abusivos(as) costumam colocar a culpa nas(os) namoradas(os), colocar elas(eles) para baixo, deixando sua auto estima péssima e fazendo com que elas(eles) pensem que não são capazes de tomar decisões sozinhas(os). Também costumam agredi-las(los) física e psicologicamente com palavras ofensivas e pesadas. Além disto, manipulam, forçam a fazer coisas que não querem, principalmente se tratando de sexo, se colocam como superiores, punem, agem amorosamente depois de ser agressivos(as) e isolam a(o) namorada(o) de seu grupo de amigos e familiares. Normalmente pessoas envolvidas em relacionamentos abusivos pensam que esse tipo de relação não tem escapatória e sentem medo da reação dos(as) namorados(as) quando pensam em acabar.
     Na verdade é realmente muito complicado se desvencilhar de um relacionamento desse tipo. Se, por algum desses exemplos citados, vocês percebem que estão ou  que algum(a) amigo(a) possa estar num relacionamento abusivo, busquem ajuda. Conversem com alguém, estejam rodeados de pessoas que confiem, ouçam o que elas tem para dizer sobre o seu namoro. Com certeza terá muita gente para apoiar vocês a saírem desta. Não coloquem nos seus ombros a responsabilidade de mudar essas pessoas, isto não é nada simples e vocês não são obrigadas(os) a fazer. Além de que, depois de fazerem o que fazem, eles(elas) não merecem seu empenho para tal. Se for o caso de seu(sua) amigo(a) estar sofrendo um relacionamento abusivo, contem a ele(a) o que pensam sobre o namoro dele(a), aconselhem-no(a) a ir se desligando de sua(seu) namorada(o) e a buscar ajuda de profissionais. E que fique claro sempre, não é sua culpa ou de seu(sua) amigo(a) estar envolvido(a) com uma pessoa abusiva. Procurem ou dêem apoio e não julguem se ele(a) ainda assim quiser continuar com a(o) namorada(o), às vezes é mais difícil do que parece. Então tenha paciência e estejam ali e conversem sempre que ele(a) precisar.


                                                          

Juliana Garofalo Gonçalves – Psicóloga do CEAPIA