O nosso assunto de hoje é um
tanto quanto polêmico: uso de drogas na adolescência. Quando falo drogas me
refiro a qualquer substancia que aja no cérebro e gere alguma alteração no
comportamento, seja ela lícita ou ilícita. Normalmente, é na adolescência
que as pessoas costumam ter o seu primeiro contato com alguma dessas
substâncias. E não é por acaso que isso acontece. Afinal, nesse momento da vida
estamos ávidos por experimentar coisas novas: novas sensações, novos sentimentos,
novas situações... E nessa ânsia por vivenciar coisas diferentes, das até então
conhecidas, o uso de drogas acaba sendo bastante comum. Além de que acaba sendo
uma forma de se sentir mais livre das regras impostas pelos pais, que
incomodam tanto nessa fase da vida, e se enturmar no grupo de amigos,
algo tão desejado e importante nessa fase. Por ser esta uma etapa da vida cheia
de novidades ela trás consigo muitas angustias, como: escolher uma
profissão, ter um namorado(a) ou mesmo descobrir quem a gente é
de verdade. Nesse contexto, algumas drogas podem ter uma função de esquecer um
pouco desse turbilhão emocional que é tão difícil de dar conta
sozinho.
O jovem por característica age
mais de acordo com o momento, ou seja, através de seus impulsos e emoções
do que considerando o futuro, ou pensando de forma mais racional. Fato que faz
com que seja difícil calcular as consequências dos seus atos, tal como o
ato de utilizar qualquer droga. Este uso seja ele experimental ou crônico
pode trazer consequências que vão além destas esperadas pelo adolescente quando
ele a utiliza. Isso porque as drogas interferem e alteram o
funcionamento cerebral, fazem com que você tome atitudes que sem elas não
tomaria. Alterações estas que podem se manifestar no momento do uso ou, em
alguns casos, permanecer até a vida adulta. Sem falar do potencial químico que
estas substâncias têm para deixar a pessoa dependente do seu uso, ou seja,
precisando sempre usar elas para realizar as suas atividades diárias.
Sendo assim, é importante ficar
atento nas escolhas que são feitas neste momento da vida!
Juliana Yurgel Valente –
Psicóloga do CEAPIA