segunda-feira, 29 de abril de 2013

Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica

Às vezes você sente uma vontade muito forte de não parar de comer? Abre a geladeira, os armários, gavetas, tudo em busca de alimentos fáceis de comer, que não leve muito tempo no preparo, e acaba ingerindo uma grande quantidade sem nem mesmo perceber ou sentir o gosto? Se sim, quanto tempo você costuma gastar com isso? Isso acontece com que frequência?
Estamos falando hoje de um transtorno alimentar que causa muitos prejuízos na vida da pessoa, o TCAP, Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica. Esse é caracterizado por uma grande ingesta de alimentos em um curto período de tempo, até 2 horas, com perda de controle sobre o que e quanto se come. Isso costuma acontecer pelo menos duas vezes por semana e ao longo do desenvolvimento desse transtorno a pessoa vai se afastando cada vez mais de seus amigos, de eventos sociais, do trabalho e vai perdendo a vontade até mesmo de se cuidar fisicamente, não se arrumando, fugindo dos exercícios, sem preocupação, naquele momento, do que a alta quantidade de calorias irá fazer no seu corpo.
Você se identificou com essa descrição? Conhece alguém que está passando por isso? Geralmente por trás desse transtorno podem estar diversas dificuldades emocionais com as quais a pessoa não está conseguindo lidar sozinha, e está pedindo ajuda através dessa perda de controle com a comida.  É importante que essa ajuda seja dada o quanto antes, já que com o passar dos anos esse transtorno vai afastando cada vez mais a pessoa de seu círculo de amizades, social e de trabalho, já que sente culpa e vergonha dos outros.

Cristina Gerhardt Souza
(Psicóloga, Cocoordenadora do Setor de Transtornos Alimentares do CEAPIA)

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A busca de um terapeuta na adolescência



O assunto de hoje é sobre a importância de ter um terapeuta na adolescência. Mais essa, hein? Não basta precisar lidar com todas as exigências que vão se impondo com a chegada desta fase da vida? E ainda ter que pensar em PSICOTERAPIA? Muitos de vocês já ouviram em algum momento: “Fulano (a) agora é adolescente” ou até mesmo “Fulano (a) é aborrecente”. Quando os adultos falam disso, algumas vezes reviram os olhos e dizem: “que fase, hein?!” Mas, o que será que aborrece? O que será que está acontece contigo?
Bem, depois de tantas perguntas, faço algumas considerações que acredito possam justificar a importância da Psicoterapia na adolescência. A adolescência é uma das etapas da vida. É um momento de transição entre a infância e a idade adulta. Momento de alterações físicas, químicas que se manifestam no corpo com a chegada da puberdade. Pois é! o corpo é um dos primeiros territórios que começa a sofrer alterações.  O aparecimento dos pelos, das espinhas no rosto, o crescimento dos seios, a chegada da menstruação, a descoberta da sexualidade e as dúvidas que vão surgindo: Sou homo, hetero ou bi? Alguns crescem bastante e parece que não se sabe muito bem calcular o tamanho do corpo e o quanto ele ocupa no espaço. Aquele corpo da época de criança deixa de existir. Agora é preciso de adaptar ao novo corpo e às suas transformações. AH! E, por falar em espaço, o espaço do quarto, aquele espaço que tu gosta de estar, mexer no computador, ficar pensando, divagando, ouvindo um som, às vezes transforma-se naquele cantinho mais precioso da casa, ou seja, o teu canto. Além disso, em alguns casos, é uma MUVUCA, uma BAGUNÇA só, motivo de alguns atritos com o pai e a mãe que dizem: “Vai arrumar aquela bagunça guri(a)!” é ou não é? E aí, tem mais os namoros, os amigos, as festas e aquela velha pergunta: “Tu já sabes para qual curso vai fazer vestibular?” e, como tudo na vida, sempre tem o outro lado, né? Sabemos que há riscos, como transar sem camisinha, experimentar uma determinada droga ilícita, ou dirigir depois de tomar um trago.
 Não sei o que te parece, mas, na minha opinião, todas estas COISAS que falei antes vão acontecendo meio junto e, às vezes, parece que não dá tempo para pensar e refletir e tem outras COISAS que vão te incomodando mais: pode ser uma chateação com alguém ou contigo mesmo, pode ser uma tristeza exagerada que aparece em alguns momentos, pode ser uma excitação extrema que faz com que tu tenhas reações extremas como ficar muito brabo, muito agressivo.
                Bom! E aí? O que tem a Psicoterapia com isso? Então, a Psicoterapia pode se transformar em outro espaço teu. Só que, neste espaço, TU estarás acompanhado por alguém, o TERAPEUTA, que vai buscar, junto contigo, criar um momento de comunicação, de identificação dos sentimentos. Já pensastes nisso? Alguém que te ajuda a pensar? Alguém que vai te ajudar a lidar com TODAS aquelas exigências e transformações que falamos antes? Vou te explicar como funciona: Uma ou duas vezes na semana tu vais encontrar com o teu Terapeuta. Sempre no mesmo dia e horário combinado. E o que vais fazer lá? Vais tentando junto com ele entender o que anda acontecendo contigo, vão tentar descobrir juntos o que tu gostaria de mudar, quais são teus desejos. Pode ser que tu não queiras mudar nada, mas queiras te conhecer melhor. Vai também ser um meio de comunicação entre tu e teus pais. Uma coisa importante: tudo que é falado no momento da Psicoterapia é mantido em sigilo (o Terapeuta não conta para os pais, namorado (a). Claro! Nada pode te colocar em risco, mas tudo sempre será combinado contigo.

Para finalizar então, a PSICOTERAPIA tem o objetivo de te ajudar a passar por esta etapa, de te ajudar a se descobrir para que tu possa ser, além de um adolescente um adulto feliz e realizado.  Que tal experimentar?
Renata Kreutz
(Psicóloga, Preceptora do CEAPIA)

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Namorar x Ficar na Adolescência

       Pessoal, nosso assunto de hoje será Namorar X Ficar. A adolescência é um período de muitas descobertas, momento onde deixamos de ser crianças para entrarmos no mundo adulto e junto a isso temos muitas inquietações e dúvidas. Descobrir o que gostamos e o que vamos querer para nossa vida futura não é tarefa fácil, tanto do lado profissional como de relacionamentos. E sendo esse um período de tantas descobertas, o que será melhor? Namorar ou "Ficar"? O bom seria se tivéssemos uma resposta pronta para essa questão, porém ela não existe.
O "ficar" nesse período da vida significa uma troca de carinhos, afeto sem compromisso, não tendo um tempo definido. Já o namoro, considerado como algo mais sério, um compromisso firmado entre duas pessoas. Podemos dizer que o namoro muitas vezes é mais escasso nessa fase, devido à dificuldade de realmente se prenderem a alguém, tendo necessidade de experimentar diferentes tipos de relacionamentos, também como uma forma de autoconhecimento.

Os pais se preocupam muito com esses comportamentos, principalmente em relação às trocas constantes de parceiros e os riscos que isso envolve. Porém, a tendência é que com a maturidade as escolhas tendam a ser mais profundas e duradouras. Agora, claro que alguns adolescentes podem se atrapalhar com esses tipos de relacionamentos, e o sinal de alerta deve ser quando esses estão afetando nas demais atividades da vida do adolescente, como estudos, convivência com a família e amigos. Caso isso ocorra, questione-se se não está tendo um investimento exagerado somente nas relações "amorosas", e, nesses casos, procure refletir um pouco mais sobre suas escolhas.  
Cristiane Feil
(Psicóloga do CEAPIA) 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Términos de relacionamento na adolescência

Olá pessoal!  Amar faz parte de toda a vida, e este sentimento pode estar presente em todas as relações. Porém, é na adolescência que muitas vezes amar começa a ter uma conotação muito especial. Ama-se amigos, alguns professores e ídolos, muitas vezes com tanta intensidade que assuntos que não se refiram a pessoa amada não terão o menor valor. Vocês já podem ter visto algum amigo ou amiga perdidamente apaixonado e vivendo este amor, seja de forma platônica ou vivendo plenamente com a pessoa amada. 
Claro que na adolescência, tempo de muitas descobertas, da mesma forma que o amor inicia, de forma avassaladora, ele também pode terminar. E é neste momento que vemos os jovens tristes, quase deprimidos. Alguns jovens, neste período, podem preferir ficar isolados, como diziam antigamente, "curtindo uma fossa", sem sair de casa e vivendo a dor como se tivessem perdido uma parte de si mesmo. Outros, pelo contrário, mesmo muito tristes, podem preferir ir para balada, viver a vida numa intensidade tão alta, como forma de não se depararem com a dor do fim do namoro. E há aqueles que com o tempo vão voltando a ver os amigos e a turma que ficou distante durante o namoro, retomando a vida.
Uma coisa é certa, quando tudo vai bem, com o tempo tudo tende a se acomodar dentro do coração, abrindo assim, possibilidade para mais um amor! 

Cibele Fleck 
(Psicóloga, Supervisora e Professora do CEAPIA)

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Luto na Adolescência

Então, queridos leitores, a ideia hoje é falar sobre "a morte de alguém muito especial". Perder uma pessoa importante é uma experiência muito dolorosa e difícil e a forma como cada um vai lidar é muito particular. É necessário que um "trabalho de desligamento" da pessoa perdida vá sendo feito lentamente e, para tanto, é muito importante que você possa falar, lembrar, chorar, enfim, expressar tudo que estiver sentindo. Lembre-se que não é sinal de fraqueza ou imaturidade chorar ou ter medo diante dessa experiência tão intensa que é a morte do pai, da mãe, de um irmão ou de um amigo muito significativo. É duro mesmo! Por isso, conte com o apoio das pessoas que você gosta e quando tiver vontade, se permita ficar sozinho também. Procure entender e conhecer os motivos que causaram a morte. É comum nessas horas que se escute comentários como: "Não chore, seja forte", "Agora você precisa ser o homem (ou a mulher) da casa"... Não caia nessa!! Ser forte é olhar para essa situação e encarar os sentimentos que surgirem dentro de você.
Além disso, saiba que se você é adolescente, a experiência de perder familiares próximos pode ser ainda mais difícil. Você está se esforçando para buscar sua autonomia e é comum que para poder se afastar um pouco dos pais, você tente desvalorizar - diminuir - a importância deles. Por isso, é natural que as relações familiares passem por fases de conflitos e desentendimentos. Se um deles morre nesse período, podem surgir sentimentos de culpa e sensação de que algo ficou inacabado, sem a possibilidade de "conserto". Esses conflitos são naturais no processo de formação da identidade individual, mas morte combinada com tumulto nessas relações pode exigir mais de você. Se sentir que está "pesado" demais, que o tempo está passando e você não consegue pensar em outra coisa, está inquieto demais, com dificuldades para dormir, indiferente às pessoas e atividades que costumavam lhe dar prazer, você pode estar precisando de uma ajuda extra. Sendo assim, não deixe de procurar ajuda de um profissional.
Abraços
Anelise Mariath Rechia. (Psicóloga, Preceptora do CEAPIA)

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Imagem Corporal e Distorção de Imagem

O nosso primeiro assunto do blog é imagem corporal. O que será que isso significa? Quando me olho no espelho, o que vejo? O esperado é que  eu possa ver refletida  uma imagem de como sou, de como sinto o meu corpo. Mas, tem pessoas que se vêem muito diferentes do que elas são, sentem-se insatisfeitas, se acham gordas, mesmo quando os amigos e familiares dizem que estão magras e se preocupam muito com suas medidas. Também têm aquelas que comem muito, engordam e não aceitam quando alguém tenta mostrar que está perdendo o controle.

Você conhece alguém assim? Então, pode estar ocorrendo uma distorção de imagem. A pessoa não consegue se ver da forma que ela realmente é. ALERTA!!!!
Preocupação demasiada com o corpo, devido à intensa distorção pode levar a mudanças radicais na alimentação e aumento excessivo dos exercícios físicos. O contrário também é preocupante, comer cada vez mais e fazer cada vez menos atividade física. Será que não está na hora de procurar ajuda?

 Vamos nos ligar nestes sinais. Na dúvida, procure orientação, estamos aqui para te ajudar.
Dra. Clarissa Gralha
(Médica, coordenadora do Setor de Transtornos Alimentares do CEAPIA)

Sejam todos bem vindos!

Queridos Leitores!
É com grande alegria que damos início ao blog do CEAPIA - Centro de Estudos Atendimento e Pesquisa da Infância e Adolescência, situado na cidade de Porto Alegre.
Temos por objetivo, através do blog, discutir diretamente com os adolescentes e pré-adolescentes assuntos que sejam de interesse dessa essa faixa etária.
Nossa equipe conta com psicólogos, psiquiatras, médicos, psicopedagogas e fonoaudiólogas, por isso os assuntos serão bastante variados.
Contamos com a sua participação em nossos posts e via e-mail para enviar suas críticas, sugestões e opiniões, para que possamos realmente criar uma comunicação entre o CEAPIA e a comunidade adolescente em todo Brasil!
Como trataremos muitas vezes de assuntos íntimos, quando quiser conversar com nossa equipe não deixe de enviar um e-mail para divulgacao@ceapia.com.br. Será um prazer ajudá-lo!
Caso você queira conhecer melhor nossa instituição visite nosso site, www.ceapia.com.br e curta nossa página no Facebook www.facebook.com/#!/pages/Ceapia/357519380966980?fref=ts
Ótima leitura a todos!
Aline Restano - Psicóloga
(Coordenadora de Divulgação do CEAPIA)