segunda-feira, 23 de junho de 2014

O Significado do Futebol para os Adolescentes

      Simmmm... estamos todos envolvidos com a Copa do Mundo, não se fala em outra coisa! Mas... e para os adolescentes, o que isso significa de fato? Bom, podemos pensar sobre muitos assuntos que relacionam esta modalidade incrível de esporte que é o futebol com o processo adolescer. Com todas as mudanças que o corpo impõe nesta fase e a adaptação sentimental que o acompanha, praticar o futebol (sendo jogador ou torcedor) é, senão, uma forma de “driblar” muitas das nossas emoções que talvez, sozinhos, não seria uma fácil tarefa. Futebol é energia, espírito de grupo, ao mesmo tempo que é levar uma cartão vermelho, sentar no banco e refletir sobre “Que jogada foi essa? O que poderia ter sido feito para melhorar o desempenho do grupo?” Claro que sem contar as identificações com as torcidas, identificações que vêm desde a infância com nossa família e as escolhas que tudo isso implica... “Pra qual time tu torce mesmo?”
      Futebol na adolescência significa A UNIÃO FAZ A FORÇA! TRABALHO EM EQUIPE! Também significa que para torcer para um time estamos, obviamente, abrindo mão de outro time, assim como para crescermos também temos que abrir mão de muitas coisas da nossa infância. É entender que os “pais-técnicos” também erram. É perder algumas partidas e ganhar outras, é lidar com as frustrações e as desilusões que as perdas nos impõem. É testar o desempenho corporal quando se está jogando e ser muito barulhento quando se está na torcida!
     Pensando assim, o Futebol aproxima todas as faixas etárias, dá infância a adultez, sendo que o adolescente faz este “meio de campo”. Também podemos refletir um pouco sobre como lidar com as normas e as regras deste jogo como no processo adolescente. Os pais “técnicos” que ainda comandam e orientam o jogo e a partida, contudo o adolescente tem mais ousadia para se lançar às grandes jogadas da vida.
     O futebol é para o adolescente a chance de sofrer e vibrar, de tolerar o desconhecido, de lidar com as incertezas, pois não se sabe o resultado final antes que o jogo acabe!


Gabriela Tomazelli - Psicóloga do CEAPIA

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Dia dos Namorados!


      Dia dos namorados chegando e com essa data aparecem muitas propagandas mostrando casais felizes e unidos. Muitas lojas fazem liquidações e enfeitam suas vitrines com corações e frases românticas. E você, como se sente nesses dias que antecedem o dia 12 de junho?
     Os casais que estão apaixonados passam pensando em como farão para tornarem esse dia especial. Compram presentes, planejam ficarem juntos, escrevem cartões. Os grupos se formam para discutirem quais as melhores ideias.
      E se você não tem namorado(a) como se sente? Há quem fique triste por sentir-se sozinho neste momento. Se sente excluído porque não está comemorando ao lado de alguém. Tem também aqueles que sentiram-se forçados pela pressão do grupo e da mídia, e iniciaram um relacionamento só para dizer: estou namorando.
      No entanto, esse dia pode ser comemorado do jeito que quisermos, independente do status que está aparecendo no facebook. Com quem você passará esse dia então? Aproveite o dia dos namorados para pensar nas suas relações. E se não estiver ficando com alguém? Comemore com quem você gosta. E isso pode significar comemorar somente com você mesmo, também. Não coloque o bem material acima dos sentimentos. Até porque não é sempre que a mesada sobrou no mês, não é? Escreva um cartão, faça algo com suas próprias mãos. O carinho estará todo ali!
     Faça um bom uso desse dia, celebre as relações! Comemore festejando as pessoas que já conheceu. Um bom amigo, um belo companheiro, uma grande mãe, um super pai. Todos aqueles que de alguma forma já representaram bons momentos de interação. Troque carinhos, bilhetinhos, com uma amiga, uma colega, uma vizinha. E se você tem um namorado, comemore com ele também. Namorar pode ser uma bela chance de compartilhar boas etapas com alguém importante!
         
FELIZ DIA DOS NAMORADOS, ou melhor, FELIZ DIA DAS BOAS RELAÇÕES!
                                                   

Fernanda Porto - Psicóloga do CEAPIA

sábado, 7 de junho de 2014

A Copa do mundo é nossa?

      Estamos a menos alguns dias da Copa do Mundo no Brasil. Já percebemos nitidamente pelas ruas o clima de celebração tomando conta de nossa cidade - que é por onde circulamos - e podemos imaginar que o mesmo clima começa, definitivamente, a tomar conta de todo o país e de boa parte do mundo. As cores começam adornar bares, restaurantes e casas. Entretanto para os mais atentos, e talvez até mesmo para aqueles nem tão atentos, é possível perceber algo diferente nesta Copa em relação a todas as últimas.
      O fato de a Copa realizar-se no Brasil parece despertar em boa parte dos brasileiros preocupações diversas, que não se restringe apenas a quem serão os escolhidos para representar "a pátria de chuteiras", e que também vai além das possíveis dúvidas sobre o desempenho de nossa equipe no torneio. Percebemos no discurso talvez da maioria dos brasileiros uma preocupação nova, de como receberemos a Copa do Mundo e seus visitantes/torcedores/espectadores/participantes. A mesma preocupação que temos quando recebemos em nossa casa uma turma de amigos, uma namorada nova, ou aqueles familiares que nãencontrávamos há muito tempo.
    Gostarão eles daquilo que temos a oferecer? Apreciarão nossa comida, nossa bebida, nossas músicas, nossa hospitalidade? Não sei ao certo se esta é uma preocupação de todos os povos, mas parece claramente haver se tornado uma preocupação do povo brasileiro, hospitaleiro como é de costume, de norte a sul. Boa parte das obras que esperávamos ficassem prontas para o Mundial, permanecem pela metade do caminho, e não devem atrapalhar, afinal esta é uma festa com dia para começar e também com dia e hora para terminar. Estas obras não são para a Copa ou para os nossos visitantes, são para nós que continuaremos por aqui.
    Desta forma penso que a hora da festa está chegando, os convidados logo começarão a aparecer, no começo chegando aos poucos e aumentando a medida que a festa se desenrola. Como anfitriões devemos permanecer atentos a tudo que necessitar de nossa interferência para que possa transcorrer da melhor forma, sem que deixemos de aproveitar e comemorar devidamente nossos sucessos e lamentar tristemente possíveis tropeços que possam ocorrer. Na década de 80 a banda 'Ultraje a Rigor' gravou uma baladinha chamada 'A Festa' que cantava o seguinte:Eu esperei o mês inteiro/ O dia da festa chegar/ Ensaiava no banheiro/ Muxôxos só pra te agradar/ Em frente ao espelho eu decorei / Mil trejeitos pra te excitar/ Fiz roupinhas, me embonequei/ Só pra te conquistar/ Eu sabia tudo tudo que eu tinha a dizer/ Que língua falar, aonde alisar, como me comportar/ Eu preparei tudo tudo que eu tinha a fazer/ Eu só podia abafar/ Ela gostou do meu jeito de falar/ Dando um gemidinho/ Se amarrou no meu olhar/ E no meu beicinho/ Eu fiz tudo direitinho/ Deu tudo certo/ Mas quem que eu vou ser, e o que eu vou fazer/ Quando a festa acabar.”

Boa festa e boa Copa a todos, anfitriões e visitantes! Sem esquecer que a festa acaba e a vida segue.

Felipe Detoni - Psicólogo do CEAPIA