terça-feira, 26 de maio de 2015

Uma curtida vale mais que mil palavras?

          Olá pessoal! O assunto que vamos abordar hoje são as redes sociais. Vivemos numa época em que o acesso a web tem sido cada vez mais habitual e as redes sociais vêm tomando um papel significativo na vida das pessoas. Por exemplo, se você digitar a palavra selfie no Google, surgirão a sua frente as mais diversas imagens: desde a pintura da Monalisa, do pintor Michelangelo, modificada, fazendo selfie; moça posando em espelhos sozinhas; ou mesmo a foto que ficou famosa na mídia, dos atores do Oscar fazendo selfie juntos. Em termos de artigos, a abordagem é bastante variada. Encontram-se desde artigos críticos - “Selfie” é uma nova maneira de expressão. E autopromoção. - ou mesmo dicas para sair bem na foto - Os melhores apps, dicas e truques para você conseguir a selfie perfeita. O fato é que, ao tratarmos sobre este tema atual, inevitavelmente, nos deparamos com divergentes opiniões, não é mesmo?
          Por que será que as redes sociais, as postagens e as selfies geram opiniões tão variadas? Talvez uma das possibilidades de resposta seja pensarmos que a forma de nos relacionarmos na web se assemelhe a como vivemos nossa “vida real” - se é que ainda dá para fazer esta diferenciação. Se eu venho sendo uma pessoa tranquila nas minhas relações de amizade, talvez não fique tão preocupada com as repercussões de uma postagem no face. Se for introspectiva e ficar muito apreensiva com os colegas na escola, possivelmente tenha grande receio em postar algo.
          Nesta altura, você pode estar pensando que este papo de relacionamento no ambiente virtual ter possível reciprocidade com o como se sente no dia-a-dia, não tem nada a ver. E realmente pode até não ter! Todavia gostaria de deixar registrada a importância de estarmos atentos a nossas formas de sentir e se relacionar. Se em algum momento você notar que as curtidas vêm ocupando sua cabeça a ponto de ficar verificando o Instagram o tempo todo, sentindo-se ansioso, talvez seja de pensar se não precisa pedir ajuda para entender o que está se passando.
          Por outro lado, as redes sociais podem ser utilizadas de forma positiva, gerando contatos, troca de experiências, conversas ou, até mesmo, oportunizar alcanço a notícias em tempo real. Como qualquer ferramenta, pode ser usada para o bem ou para o mal. Cabe a você observar seu uso e eleger a melhor forma de se conectar.
        Concluindo, nota-se que talvez uma curtida não valha mil palavras, mas atualmente tem um valor inegável. O ser humano necessita de uma conjuntura de fatores para o bem-estar e isto significa diálogo, imagem, gestos,... Entretanto, surge uma nova questão: quanto vale uma conversa olho no olho hoje em dia?

Débora Laks – Psicóloga do CEAPIA
           


                                                                       
            

terça-feira, 12 de maio de 2015

Lutos na adolescência

E aí Pessoal,

Hoje nós vamos conversar sobre luto. Mas o que é isso?
Luto é quando alguém querido morre e ficamos tristes ou mais introspectivos por um período? Também.
Porém falar de luto é mais amplo que falar apenas da morte física de alguém. O processo de luto tem a ver com a forma como lidamos e elaboramos perdas na vida. Assim, terminar com um(a) namorado(a) pode fazer com que você viva um período de luto pelo fim do relacionamento, ou quando um(a) amigo(a) vai morar em outra cidade ou país, pode ser que você se sinta mais triste, com um vazio no peito, sem muita vontade de logo fazer novos amigos. Quem está terminando o colégio e pensando em como a vida será daqui para frente, também pode perceber que nessa transição perde-se coisas, para então poder conquistar outras. Mas até que as novas conquistas cheguem, não é raro que você sinta saudade do que viveu na escola e na turma, que se sinta um pouco estranho, lembrando de vários momentos marcantes, que a partir de agora só farão parte da sua vida na lembrança. O luto também pode acontecer quando você perde ideais que tinha na infância (por exemplo, achava que sua família era perfeita) e que ao longo da adolescência vão sendo revisados.
Cada pessoa vive esse processo de lidar com despedidas e perdas do seu jeito. Há quem queira ficar mais quieto e quem busque a companhia dos amigos, alguns escrevem, outros ouvem música.  É normal que a perda de relações e de ideais gerem esse sentimento de falta ou de vazio por um tempo. Porém, algumas pessoas apresentam dificuldade de reorganizar sua vida diante de algumas perdas, e acabam isolando-se, ou não conseguem ir para a escola e aprender, podem ainda sentir uma vontade constante de chorar e de dormir. Quando o sofrimento fica muito intenso e persistente, permanecendo por muitos meses, fique atento e procure ajuda. Se você identificar essas características em algum(a) amigo(a), converse com ele(a) para que aceite apoio. Algumas vezes, a presença e o cuidado de um adulto de confiança pode auxiliá-lo a melhorar, outras vezes será necessário procurar um profissional, como um psicólogo ou um psiquiatra. Não guarde o sofrimento apenas consigo, este pode ser consideravelmente diminuído quando se está acompanhado!!

Gisele Cervo - Psicóloga do CEAPIA